quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

VARIAÇÕES LIGUISTICAS




            A língua é uma das formas de linguagem, pois se utiliza de palavras sendo produzida e desenvolvida dentro de contextos sociais e culturais. É um patrimônio pertencente às pessoas que formam uma sociedade, sendo de uso para a comunicação, por exemplo, a língua portuguesa é o código utilizado por toda a sociedade brasileira e a ela pertence, a língua chinesa é o código utilizado por todo o povo chinês e a ele pertence já à linguagem é a maneira como se representa o pensamento através de sinais que permitem realizar atos de comunicação.
            Embora no Brasil haja uma língua nacional, notamos as diferenças na pronúncia, no vocabulário e maneira de organizar as palavras. O português falado em Portugal não é o mesmo falado no Brasil, nem se fala da mesma maneira em todas as regiões brasileiras e não escrevemos exatamente como falamos. Na variação regional encontramos palavras com significados que precisam de “tradução” como: bicha, cujo significado para nos brasileiros é “homem homossexual”, mas em Portugal é “fila”. A primeira reação de um falante não escolarizado diante do Português não-padrão é considerá-lo errado, corrompido, estropiado.
 A noção de erro é muito cômoda, pois dispensa o de ir mais fundo e descobrir as verdadeiras razões que levam o Português não padrão a ser como é e muitas vezes se enfatiza não as diferenças lingüísticas, mas sim as sociais. Há um preconceito pela própria sociedade, trata-se do “preconceito linguístico” , sendo apenas um dos preconceitos existentes como: econômico, social, cultural etc. Nordestinos são ironizados por falarem “tia” (invés de tchia), pessoas da roça ao falarem “mío” (invés de milho). Exigir que todas regiões falem a mesma língua sem o sotaque regional seria empobrecer a diversidade linguística nacional, que é cultural isto é preconceito.
Muitos preconceitos estão sendo ultrapassados, mas ainda perduram e emperram essa revolução de costumes. O preconceito linguístico embora sendo comentado e argumentado, ainda prevalece na mídia e em alguns meios sociais. O ensino da língua padrão deveria ser uma soma em nossas vidas, a fim de favorecer-nos para que possamos ter conhecimento e estarmos preparados para utilizarmos à norma culta em situações em que à mesma tenha necessidade.

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